PM da reserva é condenado a mais de 21 anos de prisão por matar esposa
O crime aconteceu em 2013 e Dário Ângelo confessou o crime
Publicado: 12/06/2025 às 20:40

O crime aconteceu em 2013 por ciúmes (Foto: Reprodução)
O policial militar da reserva Dário Ângelo Lucas da Silva, de 51 anos, foi condenado nesta quinta-feira (12) a 21 anos, 2 meses e 15 dias de prisão por matar a esposa, a comerciante Yana Luiza Moura de Andrade, de 30 anos. O crime ocorreu em janeiro de 2013 no município de Paulista, no Grande Recife, e a vítima foi atingida por dois tiros no rosto.
O júri popular desconsiderou os argumentos apresentados pela defesa e acatou a tese do Ministério Público. Conforme a acusação, o crime foi cometido por motivo fútil e sem possibilidade de defesa por parte da vítima. Ele foi condenado por homicídio qualificado.
Durante o julgamento, o réu itiu ter sido o autor da morte da companheira. Ele narrou os eventos da noite do crime, mas recusou-se a responder às perguntas formuladas pelo Ministério Público.
Dário, que ocupava a patente de sargento da Polícia Militar à época, permaneceu detido por três meses. Posteriormente, foi promovido a major da reserva e, anos depois, concluiu o curso de Direito, obtendo registro profissional na Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE).
No decorrer do processo, a promotoria destacou que, apesar de o réu não ter sido enquadrado por feminicídio (qualificadora que foi instituída na legislação apenas em 2015), a prática criminosa apresentou um contexto de violência de gênero.
A defesa de Dário Ângelo reconheceu a autoria do crime, mas solicitou ao júri que as qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa não fossem consideradas. O júri, contudo, não aceitou o pedido, resultando na condenação por homicídio duplamente qualificado.
Relembre o crime
O caso foi noticiado em 2013 devido aos detalhes do assassinato. A morte ocorreu na residência da mãe do réu, enquanto os dois filhos do casal dormiam em um cômodo adjacente.
Segundo os autos do processo, o ex-PM disparou dois tiros que atingiram a cabeça de Yana, que não resistiu e morreu. A motivação do crime seria ciúmes.
Ainda no dia do crime, Dário, que era Capitão da Polícia, se apresentou no Centro de Reeducação da Polícia Militar de Pernambuco (Creed), confessou o crime e foi preso. Ele teve liberdade concedida em abril de 2013, 99 dias após o crime. Desde então, ele permaneceu em liberdade.

