Barco com Greta Thunberg e ativista brasileiro chega ao porto de Israel
O veleiro da Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), zarpou da Itália no dia 1º de junho com o objetivo de entregar ajuda à Faixa de Gaza
Publicado: 09/06/2025 às 17:16

Barco 'Madleen' se aproximando do porto de Ashdod, em Israel (Jack GUEZ / AFP)
O barco "Madleen", interceptado por Israel na manhã desta segunda-feira (9) quando tentava chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária, chegou ao porto israelense de Ashdod, observou um fotógrafo da AFP. Estavam a bordo 12 ativistas pró-palestinos, entre eles a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Ávila.
Escoltado por duas embarcações da marinha israelense, o barco entrou no porto de Ashdod ao anoitecer, por volta das 20h45 locais (14h45 no horário de Brasília).
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, os 12 ativistas foram submetidos a exames de saúde.
O veleiro da Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), zarpou da Itália no dia 1º de junho com o objetivo de entregar ajuda à Faixa de Gaza.
Durante a madrugada desta segunda-feira (9), a FFC indicou no Telegram que havia perdido o contato com o veleiro e que a embarcação havia sido "abordada" pelo Exército israelense.
"Se você está assistindo este vídeo, fomos interceptados e sequestrados em águas internacionais"', disse a ativista sueca Greta Thunberg em um vídeo programado divulgado pela FFC.
A organização também denunciou "uma clara violação do direito internacional" e insistiu que a abordagem ocorreu em águas internacionais. "Israel não tem autoridade legal para deter os voluntários internacionais a bordo do 'Madleen'", afirmou a diretora da FFC, Huwaida Arraf. Israel não revelou o ponto em que a embarcação foi interceptada.
A FFC, criada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos, que une ajuda humanitária e protesto político contra o bloqueio de Gaza.

